quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

PESQUISA REVELA: MULHERES COM ENDOMETRIOSE SEVERA SÃO MAIS ATRAENTES SEXUALMENTE!

Já faz dois meses que quero escrever sobre esta pesquisa, mas ela causou tanta discussão na época, que preferi esperar a poeira baixar para relatá-la a vocês. Não adianta ouvir apenas um lado. Aliás, como jornalista, tenho de ouvir os dois lados da história. Portanto, achei melhor traduzir este artigo que explica também o porquê da realização da pesquisa: “Atratividade das mulheres com endometriose”.  Dá para acreditar que mulheres com endometriose profunda são mais atraentes sexualmente? Foi o que comprovou a pesquisa liderada por Paolo Vercellini. As italianas acharam um absurdo os pesquisadores terem gasto dinheiro com este tipo de estudo. Eu fiquei só observando, porque na verdade, enquanto somos taxadas de coitadas, especialmente, por amigos homens, já que muitas vezes não conseguimos nem sair de casa, eu digo: somos as mulheres mais guerreiras e mais lindas deste mundo. Sei que isso pode soar esquisito, já que este grupo (o severo) tem a doença num estágio mais avançado e em alguns órgãos. Esta pesquisa partiu do princípio de que algumas características físicas podem dizer quem está mais propenso a desenvolver certos tipos de doença.

O italiano Paolo Vercellini, principal autor deste incomum, mas inovador estudo analisou os fenótipos-genótipos que são os responsáveis por uma série de doenças, incluindo, a endometriose. Os genótipos são as informações hereditárias de nossos genes, enquanto, os fenótipos são responsáveis por nossas características físicas, morfológicas e ou comportamentais. A cor do olho, a textura do cabelo, a cor da pele, o tipo sanguíneo, dentre outras características, são designadas pelos fenótipos. Portanto, as características dos fenótipos são mutáveis, ou seja, podem mudar com o passar do tempo e ou por conta de exposição aos fatores ambientais. Exemplo: à medida que envelhecemos nossa pele muda, e também se tomamos muito sol, a pele poderá ficar mais escura. Segundo os pesquisadores, existem avanços recentes na pesquisa sobre endometriose com vários estudos que contribuem para a definição de um fenótipo geral associada com a doença. Um fenótipo está indiretamente ligado com a aparência física, como várias das características estudadas (incluindo o tamanho corporal, índice de massa corporal, cabelo, olhos, e cor da pele) e tem um impacto sobre a percepção da beleza.

Há também uma relação biológica entre o grau de expressão dessas características e do grau de severidade da endometriose. Explicito: no que diz respeito ao tamanho do corpo, outros investigadores detectaram uma relação inversa entre o índice de massa corporal e a gravidade da doença. A atratividade física é uma área de pesquisa para muitas especialidades, incluindo, neurologistas, neurofisiologistas, sociólogos, biólogos, psiquiatras e psicólogos. Na verdade, a atratividade em homens e mulheres pode constituir o resultado de determinados perfis genéticos e ou hormonais. Além disso, o significado biológico da beleza tem sido geralmente interpretado em termos de seleção associada com vantagens para a saúde. De fato, os indivíduos atraentes são subliminarmente identificados como portadores de um conjunto de genes.
No caso das mulheres, atração pode também agir como uma pista para a fertilidade e o potencial reprodutivo de cada uma delas.

O que diz o estudo?

Observou-se que as características físicas e a atratividade das mulheres com as formas mais frequentes de endometriose (endometriose peritoneal e ovariana) não diferem dos de mulheres sem endometriose. No entanto, existem algumas mulheres em um subgrupo específico de endometriose retovaginal (uma forma particular da doença) que apareceu mais atraente do que a maioria das mulheres com os tipos mais comuns de lesões, bem como mulheres sem a doença. Isso não significa que as mulheres mais atraentes estão em risco de endometriose retovaginal, nem que as mulheres com formas de outras doenças não são atraentes. Quase 70% das mulheres com endometriose retovaginal tinham características físicas e atratividade semelhante a todas as outras mulheres estudadas.

“O objetivo do nosso estudo foi avaliar o fenótipo de mulheres com e sem endometriose, porque os resultados podem fornecer novas pistas para direcionar nossa pesquisa para entender a patogênese (origem) da doença”, afirma o professor Paolo Vercellini, da Universidade de Milão. É sabido que a estética é influenciada por hormônios sexuais nos seres humanos. Por isso, a atratividade feminina pode ser a expressão de níveis elevados de estrogénio, que não pode ser excluída a possibilidade de um ambiente endócrino estimulante podendo favorecer o desenvolvimento da infiltração e das agressivas lesões endometrióticas, particularmente, em mulheres com o fenótipo mais feminino.

Consequentemente, as características fenotípicas de mulheres com endometriose retovaginal podem constituir indicadores de polimorfismos de genes específicos associados com o desenvolvimento de doença grave. De fato, uma ligação genética na patogênese da endometriose profunda foi recentemente confirmada. “Esse estudo não significa que estamos banalizando ou desconsiderando todos os grandes problemas associados à endometriose. Entendemos muito bem o sofrimento de mulheres atingidas por esta doença e, como os médicos, se esforçam todos os dias para aliviar a sua dor física e psicológica. Por esta razão nós estamos ansiosos para investigar novas ideias que possam ajudar a elucidar as causas ainda não esclarecidas desta doença. É por isso que fizemos este estudo e esperamos que nossa pesquisa possa se tornar outro bloco de construção em nossa busca para entender por que algumas mulheres desenvolvem a endometriose - ou mesmo diferentes tipos de endometriose - e outras não”, declarou o principal pesquisador do estudo, a fim de não ser mal interpretado por causa de algumas manchetes sensacionalistas. O que vocês acharam deste estudo?

Vale lembrar que a Itália é o país mais avançado em estudos e ações que favorecem as portadoras de endo. Como já disse aqui, o país tem um Centro de Fecundação para quem tem endometriose, a pesquisa sobre o Bisfenol A, dentre muitos outros. Para mim, a resposta é simples, se o homem pensa mais em sexo por conta do hormônio masculino (o progesterona) e, por isso, eles pensam mais em sexo, como nós (mulheres com endo) temos mais O A Endometriose e Eu é o primeiro blog no Brasil que traz pesquisas internacionais, para mostrar os avanços na área de endo mundo afora. E também foi o primeiro a pedir o reconhecimento da doença como social no Brasil, assim como já é na Europa. Como já disse aqui, a endometriose é a doença ginecológica mais estudada dos últimos 10 anos. Mais um motivo para que nossa presidente, Dilma Rousseff, reconheça a doença e nós portadoras. Acho que já passou da hora né, afinal, eu falo ao mundo inteiro que não adianta termos uma presidente mulher que não conhece e nem reconhece a pior doença que atinge as mulheres. Bom, isso pra mim é uma vergonha! E é o que falo às mulheres do mundo todo. E foi justamente por isso que o blog ficou entre os 3 mais votados do prêmio Top Blog Brasil 2012: para eu subir ao palco e pedir esse reconhecimento. Bom, vamos à luta porque o caminho é doloroso, longo, mas a vitória é certa. Beijos com carinho!!

Fonte: WERF

3 comentários:

  1. É polêmico, mas tb interessante. Concordo totalmente com vc, nossa presidentA tem q tomar vergonha na cara e debater esse assunto. Beijos da Taís.

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  2. Já tinha reparado nisso. Eu e outras pessoas com endo q conheço sao altas, mais de 1,70m, biotipo magro mas com corpão, muito femininas...todas poderiam ser modelos ou atrizes da globo.
    E reparei q as menarcas foram mais tarde, aos 14/15 anos.
    Ao contrario vejo em quem tem ovario policistico, pele oleosa, eapinhas, queda de cabelo, proporçoes do corpo pouco feminino, como quadril estreito. E os trejeitos da pessoa sao mais rispidos.

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