segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

SAÚDE E BEM-ESTAR: INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES E EM HOMENS!

Fonte da imagem: Antes e depois, incontinência 

Hoje o A Endometriose e Eu vai falar sobre um assunto que interessa aos homens e às mulheres: a incontinência urinária. 25% do nosso público é masculino e 75% feminino. Por isso pedi à nossa colaboradora, a fisioterapeuta Ana Paula Bispo, um texto especial abordando a classificação desta patologia, os sintomas, as causas e os tratamentos que podem melhorar a perda involuntária da urina. Apesar de as mulheres estarem mais suscetíveis a isso, leia e compartilhe este texto, afinal, mesmo sem nenhuma doença nenhuma a chegada da "melhor idade" pode trazer a tão temida incontinência urinária. Beijo carinhoso! Caroline Salazar

Por doutora Ana Paula Bispo 
Edição: Caroline Salazar

Segundo a International Continence Society (ICS), incontinência urinária (IU) é definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina. Acomete indivíduos de todas as faixas etárias, sendo mais prevalente em mulheres, afetando diretamente a qualidade de vida. Pode ser classificada em:

- incontinência urinária de esforço (IUE), quando associada a situações onde ocorra o aumento da pressão intra-abdominal como tosse, espirro, risadas fortes;

-incontinência urinária de urgência (IUU), quando associada a um forte desejo miccional;

- e incontinência urinária mista (IUM), quando estão presentes ambas as situações anteriores.

A bexiga hiperativa é considerada uma condição clínica associada à incontinência urinária, sendo esta a segunda causa de perda involuntária de urina. Os sintomas da bexiga hiperativa são frequência miccional aumentada, urgência e a urge-incontinência.

A prevalência dos sintomas aumenta com a idade e se torna muito comum, pois o processo do envelhecimento gera algumas alterações no trato urinário inferior feminino, como a atrofia muscular, a substituição do tecido muscular por tecido adiposo, e consequentemente, a perda da contração muscular efetiva dos músculos do assoalho pélvico (músculos da vagina) gerando a perda urinária involuntária comprometendo a qualidade de vida das mulheres.

Ao longo dos anos a abordagem cirúrgica representava a solução mais utilizada para o tratamento da incontinência urinária. Porém diante do grande número de recidivas e o agravamento do prognóstico, a fisioterapia uroginecológica vem conquistando seu espaço e atualmente representa a primeira opção de tratamento para a maioria dos pacientes com esse desconforto, com o objetivo de restabelecer as funções normais do assoalho pélvico sem causar efeitos colaterais.

Para prevenir e tratar a incontinência urinária uma das opções de tratamento é o treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico, que consiste em contrações específicas dos músculos que o compõe e com isso promove a melhora da percepção e consciência da região pélvica, aumento da tonicidade e força muscular e melhora da vascularização local. A eletroestimulação é outra opção de tratamento e inclui várias técnicas que podem ser utilizadas para melhorar as perdas aos esforços, urgência, sintomas mistos e a bexiga hiperativa.

Sobre a fisioterapeuta Ana Paula Bispo:

Ana Paula Bispo é fisioterapeuta, atualmente faz doutorado em Urologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é mestre em Ginecologia pela Unifesp, mesma instituição que fez especialização em Reabilitação do Assoalho Pélvico, e docente do curso  de Pós Graduação de Fisioterapia em Uroginecologia da Universidade Estácio de Sá. Siga a fanpage da doutora Ana Paula Bispo.

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